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[Ficha] - Marde Guille

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Mensagem por Marde de Hanuman Sáb Abr 18, 2015 11:12 am


Personagem

Nome: Marde Guille
Idade: 64 Anos (Idade hoje, na trama principal) 20 (Idade que possuía quando foi para o submundo, possuindo a mesma aparência)
Sexo: Masculino
Signo/Estrela Maléfica: Escorpião/Estrela Celeste da Habilidade
Veste: Surplice de Hanuman


Aparência:


Marde é um homem alto, com seus 1,88m de altura, cabelos negros desgrenhados e longos, amarrados em um rabo de cavalo alto. Sua musculatura não muito desenvolvida o deixa ainda mais esguio do que realmente é. Sua pele é alva e pálida, os olhos possuem um aspecto repuxado nos cantos, o que o proporciona expressões bem definidas quando tédio, crueldade ou sentimentos parecidos vem à tona. Outra contribuição para suas expressões faciais fortes são o seu queiro afinado, rosto afunilado e nariz pontiagudo. Estas características acabam sendo pretexto para que todos julguem Marde como alguém completamente inútil fisicamente ,alterado psicologicamente e debilitado em sua saúde.



Psicológico:

Condizendo com seu rosto, sempre tedioso, Marde quase nunca encara nenhuma situação como empolgante ou animadora, suas expressões se mantem calmas e estáticas na maior parte dos momentos, o que revela sua personalidade amena quando está em harmonia com todos e tudo a sua volta. Como um mecanismo mental para quebrar seu tédio rotineiro, um pequeno vicio em analisar as pessoas com quem se relaciona acabou se tornando parte de sua personalidade, pensamentos analíticos, irônicos e profundos explodem dentro da mente de Marde quando ele se interessa em destrinchar as ações das pessoas e analisar seus reais propósitos ou impulsos. Pelo seu peculiar gosto em ser analítico e graças a sua falta de interesse em diversos acontecimentos, uma mentalidade racional e que busca distancia de sentimentos acaba sendo uma das mais fortes caraterísticas psicológicas de Marde. Apesar de tudo isso, o único momento em que a calmaria e a racionalidade se esvaem de sua mente, é quando lembranças de seus pais lhe invadem o subconsciente por algum estímulo momentâneo, nesses casos a tendência não é mais um psicológico ameno, mas sim uma explosão de sentimentos, onde a fúria predomina.


História:

Ano de 2303, uma nova criança tem seu nascimento celebrado em um minúsculo vilarejo sem nome, localizado em um país com um clima predominantemente frio. Vizinhos, líderes religiosos e familiares celebram juntos enquanto fazem orações de agradecimento a alguma divindade pela nova criança que habitaria aquele pacato local. A mais de dez anos nenhuma criança havia sido concebida naquele lugar, e qualquer sinal de gravidez era um milagre ou benção divina. Como consequência, toda criança nascida ali era tratada como um troféu, sendo carregada pelos braços da mãe com as melhores lãs locais para se proteger do frio, alimentada com sopas quentes feitas pelos melhores cozinheiros e tendo até mesmo horários para atividades que alguns estudiosos diziam ser as melhores para um desenvolvimentos saudável. Mas talvez, a criança que nascera dessa vez, tenha vindo mais como maldição, do que como benção.

Obs: Mudança de narração para primeira pessoa a partir dessa parte.

Era incrivelmente ridículo o modo como eu era endeusado nesse vilarejo, nem mesmo aqui, sentado próximo às latas de lixo do cozinheiro eu tenho sossego. Sempre aparece alguém dizendo que eu deveria ir para casa descansar e cumprir meus horários definidos pelos estudiosos e religiosos da cidade. Já faziam vinte anos que eu cumpria os horários, e mesmo assim eles me assombram permanentemente. A mais de três anos eu lanço pragas ao invés de orar no horário definido para esta atividade.
    — Você deveria estar em casa. Athena não será tão amável com fiéis que não cumprem promessas. — Totsuka, um dos religiosos que me vigiava o tempo todo, ele consegue ser pior do que o zumbido irritante de um mosquito enquanto se tenta dormir a noite.
    — Posso saber que promessas são essas? Não me lembro de tê-las feito para essa Deusa. — Respondo enquanto me apoio em uma das latas de lixo, usando minha outra mão para retirar a neve que havia se prendido em minha roupa.
    — Não seja insolente dessa forma. Sabes muito bem do que estou falando.
    — Sabe o que eu realmente sei? Que um bando de lunáticos venerou uma criança a vinte anos atrás, imaginando que ela era uma benção de Athena, e então esses mesmos lunáticos seguiram rotineiramente em suas orações, protegendo a criança. O mais interessante é que não importa o quanto vocês rezem, Athena nunca os ajuda, ela nem mesmo foi competente para enviar uma criança com uma personalidade mais submissa que a minha. — Quase não consegui terminar de falar, um forte ardido tomou conta da parte direita da minha face. Totsuka tinha me acertado um forte tapa, seu rosto estava ficando com a mesma coloração de uma ameixa roxa e eu podia ver seus músculos do braço contraindo pela força que ele fez.
    — Nunca mais diga algo assim. Ou você deseja que Athena tome isso como um insulto e deixe de zelar por nós?
    — Vê? Mesmo com esse seu conselho, você sabe que não vai adiantar, por que já cometi esse mesmo erro milhares de vezes. Isso mostra claramente que Athena não escolheu a criança certa para enviar. — Eu me virei de costas para Totsuka depois de dizer isso e comecei a andar, me afastando dele. Ele sempre me contou histórias sobre Athena, na verdade ele já leu para mim tantos livros sobre divindades que eu acho que posso recitar a histórias de cada uma sem precisar parar para pensar. Mas isto nunca me convenceu muito, eu não acreditava que os Deuses eram bons, eu os encarava apenas como criaturas poderosas que tomaram o controle de nós, mortais. Eu não gostava deles, assim como não gostava de quase ninguém. Mas uma raiva especial ficava guardada em mim, destinada a Athena. Há cinco anos, eu contrai uma doença devido ao frio do vilarejo, os curandeiros estavam fazendo de tudo para me ajudar mas a doença persistia, a cada minuto eu piorava mais e meus pais, em pleno desespero se dirigiram para o centro do nosso vilarejo no meio de uma nevasca. Eles se ajoelharam e oraram para Athena durante quase dois dias. Eles pediam que ela os punisse ao invés de adoecer o filho deles. Antes que eles pudessem me ver melhorar, a vida dos dois foi levada pelo sopro da nevasca. Totsuka me dizia que Athena era misericordiosa e que tinha atendido ao pedido dos meus pais. Mas não era assim que eu enxergava as coisas. Athena era a assassina dos meus pais, a deusa que me privou da única coisa que me fazia sorrir às vezes.
    Depois desse dia, nos horários de meditação, eu nunca fazia o que era pedido.  Três vezes ao dia, durante todos esses anos, a minha meditação era alimentar dentro de mim o ódio de Athena. Com o tempo, enquanto eu me concentrava eu sentia uma energia quente em volta de mim. E isso não era emanado pelas labaredas de fogo da lareira. Era um calor diferente, eu podia senti-lo vibrando a minha volta e crescendo dentro de mim sempre que eu meditava. Pela primeira vez, eu desejei os ensinamentos de Totsuka, e ele me passou conhecimento sobre a cosmo energia, empolgado, achando que eu tinha mudado. Mas esse foi o único momento em que busquei seu auxílio, depois de suas aulas eu simplesmente voltei a meditar, agora consciente do que era aquele calor que eu sentia.

    Hoje, já meditei cinco vezes, fugindo do meu horário proposto. Um desejo enorme de sentir o cosmos emanar a minha volta tomava conta do meu corpo novamente. Mas eu sabia que não poderia fazer isso, Totsuka provavelmente estava me seguindo, mesmo agora que estou me afastando do vilarejo e desaparecendo entre os flocos de neve que caem sem cessar.
    Quando me senti seguro o bastante, me sentei no chão, encostado em uma árvore. Meu desejo em meditar já estava quase incontrolável, era uma das únicas maneiras que eu tinha para controlar minha raiva, direcioná-la para Athena em forma de pensamento.
    — Eu amo quando tenho tanta sorte, de encontrar alguém com esse cosmo sinistro, que é capaz até mesmos de profanar uma deusa.  — Uma voz feminina e calma ecoou próxima de mim, eu abri meus olhos rapidamente e pude notar uma mulher de cabelos negros  e pele branca de pé, na minha frente, ela usava um vestido longo, da mesma cor dos cabelos, com alguns detalhes rendados, brancos, prateados e dourados.
    — Do que está falando? — Pergunto, olhando-a.
    — Não precisa esconder de mim, o seu ódio por Athena. Eu não sou um dos religiosos da sua vila. — Por um momento, um arrepio correu pela minha espinha. Aquela mulher falava como se soubesse dos meus pensamentos, e como se fosse alguém da vila, que conhecesse sua história. Por alguns momentos, minha expressão fez uma menção de variar, mas continuou normal.
    — Tenho te observado, Marde. E tenho sentido seu ódio por Athena. E você não imagina o quanto eu aprecio isso. Apesar de, no momento eu não precisar, eu não iria deixar passar um aspirante como você.
    — Novamente, lhe pergunto. Sobre o que está falando?
    — Permita-me, te mostrar. — A mulher apontou um dedo para mim, e de alguma forma minha visão se apagou completamente. Histórias que Totsuka me contava passaram pela minhas mente como lembranças, vozes, acontecimentos. Pessoas com armaduras douradas e negras se enfrentando. O sangue tingindo as roupas e salpicando o chão enquanto gritos acoavam pelo ar, clamores de vitória, derrota. Cosmos valentes enfrentando cosmos sombrios e imponentes o suficiente para fazer os mais incapazes desmaiarem de medo. Estruturas de pedra sagrada, erguidas em nome de cavaleiros eram derrubadas em instantes por bater de asas negras endurecidas, vultos negros passavam rapidamente pelos cantos enquanto rajadas de luz dourada os perseguia. Uma guerra santa, eu entendi, eu me lembrava disso, estava nos livros de Totsuka. Aquelas imagens eram lembranças daquela mulher, e se era isso, ela só poderia ser...
    Minha visão voltou ao normal, a mulher estava ainda mais próxima de mim, com uma das mãos segurando meu queixo.
    — Seja bem vindo a realidade, Marde.
    Mais arrepios corriam não só pela minha espinha, mas pelo meu corpo todo. Saber, de uma hora para a outra que os livros falavam a verdade, era avassalador para minha mente. Minha expressão facial se abalou mais vezes antes que eu conseguisse conceber tudo o que estava acontecendo e organizar minhas ideias.
    — Uma Guerra Santa não está acontecendo nesse momento entre Hades e Athena. Está? — Perguntei, com minha expressão voltando ao normal.
    — Não. Mas eu não pude ignorar o potencial do seu cosmo. Eu quero você em meu exército. Eu quero que você fique forte. Eu quero você como, um dos 108 espectros.  — Eu ainda estava relutando em acreditar em tudo o que estava acontecendo, mas, aquela mulher me fez ver as lembranças dela e soube do meu cosmo e dos meus pensamentos. Se eu continuasse naquela vila, seria tratado da mesma forma e iria morrer como estou hoje, mas o que aconteceria se eu dissesse que queria ser um espectro? Será que eu poderia fazer todas as pragas lançadas contra Athena virem a se tornar realidade? Eu poderia encontrar algo que preenchesse o vazio que meus pais deixaram? Sem pensar mais eu balancei minha cabeça em afirmação. Pandora sorriu, e tocou meu rosto mais uma vez, e tudo se desvaneceu. Enquanto todas as coisas a minha volta se derretiam ou se esmigalhavam em mil pedaços, uma forte dor atingiu meu peito, era a primeira vez que eu sentia uma dor assim, era como se meus ossos estivessem se revirando e girando dentro do meu corpo. Lembranças da vila, e da morte dos meus pais invadiam minha mente, despertando mais uma vez minha raiva rapidamente, a amargura parecia escorrer nos cantos da minha boca como se fosse algo físico, e a dor dos sentimentos superou a física, que era agonizante. Subitamente, a dor passou e minha visão voltou, eu olhei para os lados. Do lado esquerdo eu podia ver uma cachoeira e sangue que se levantava imponente a metros de mim e do lado direito um caminho que levava a um terreno diferente, coberto de gelo.
    — Logo te explicarei o que são esses locais, mas primeiro... — Ao lado de pandora, descansava uma bela armadura negra, que possuía uma brilho escuro e sombrio. — Graças as suas meditações e sua raiva você pôde despertar seu cosmo e eu soube exatamente qual era sua estrela maléfica. Marde Guille, possuindo seu ódio por Athena, e o seu potencial, você se torna a partir de agora possuidor da  Surplice de Hanuman. Agora, és Marde, Estrela Celeste da Habilidade, Guardião de Netuno.

Obs: A história de passa em 2323. Quarenta e quatro anos antes da trama principal


Marde de Hanuman
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Mensagem por ADM Daënna Sáb Abr 18, 2015 3:21 pm


Avaliação

Aparência : bem descrito não vi tamanho pecado nas palavras e assomou bem no "contexto : entendimento". 

Psíquico : O mesmo de cima. 

História : Sua história fora bem narrada não vi muitos erros e possui uma boa variedade linguística o que pode ser bem aproveitado. A história em si teve um bom enredo mesmo eu sempre sugerindo histórias com um pouco mais ou algo que surpreenda, mas isso não importa... Não vejo coisas que o impeçam de ser aprovado. Bem vindo ao reino de Hades! 
Boa sorte, novo espectro. 

ADM Daënna
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